Frases
"O coração que se ganha é o que se dá em troca" – Marcelino Freire
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Fábulas de Esopo - A Raposa e o Espantalho
Mais uma fábula atribuída ao grande Esopo, extraída da ótima edição da L&PM:
Uma raposa entrou na casa de um ator. Ficou remexendo em seus pertences e encontrou uma cabeça de espantalho muito bem feita. Tomou-a entre as patas e exclamou:
– Que bela cabeça, mas é oca.
O mesmo se pode dizer das pessoas belas mas sem inteligência.
Adoro essa história; a maneira como os fatos se combinam, com grande agilidade, para transmitir a moral, é simplesmente fantástica! E o que dizer da moral? Aquela velha questão de que a verdadeira beleza não é externa, e sim a interna. De que adianta ser o mais belo, o mais rico, o mais tudo, sem um conteúdo verdadeiro? É impressionante como esse conceito já existia no tempo de Esopo, e permanece em grande evidência até hoje, onde acredito que está mais forte do que nunca!
A figura da raposa é usada aqui mais uma vez como símbolo da esperteza e astúcia, não se deixando enganar pela superficialidade que aparenta grandeza, e assim nos transmitindo mais essa moral tão discutida.
Reflitam!
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Muito interessante Denis! Isso mostra mesmo que as coisas são mais simples do que as vezes julgamos; os antigos gregos viam muito mais longe do que nós hoje acreditamos que vemos. Bem mais do que morais e lições, estes textos nos ensinam a olhar para nós mesmos antes de tudo. :)
ResponderExcluirRealmente não é justo julgar as pessoas pela beleza. Mas seria justo julgar pela inteligência? pelo seu conteúdo interno?. Acho que a beleza interna também não se encontra ai.
ResponderExcluirUm ponto interessante, de fato, wahh. Sim, sim, para desenvolver-se um conceito, é preciso quase sempre deturpar um pouco outros. Pode haver uma certa contradição na história, mesmo, mas o fato é que se dava – e continua se dando – bem mais atenção à beleza superficial do que à inteligência, sendo isso justo ou não. Assim é o mundo. Cabe a cada um julgar a sim mesmo, antes de mais nada, o que, convenhamos, é bem mais difícil do que julgar os outros.
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