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"O coração que se ganha é o que se dá em troca"Marcelino Freire



quinta-feira, 20 de julho de 2017

Literatura em Revista - Julho 2017



Estive pela segunda vez no ótimo Literatura em Revista, evento mensal produzido pelo querido Talles Azigon, poeta e produtor cultural, no Centro Cultural BNB, aqui em Fortaleza. Desta vez, o encontro aconteceu na biblioteca local, o que foi certa surpresa a princípio, mas com o tema "os livros que amamos, clubes de leitura e bibliotecas", o ambiente de fato não poderia ser mais favorável.
Não sabia exatamente o que esperar desse debate, e acho ótimo quando isso acontece, quando se está aberto ao inesperado, à surpresa do momento. Nos primeiros minutos, que começaram inclusive um pouco mais cedo que o divulgado, foi possível entender melhor a ideia do encontro.
Três convidados, responsáveis por clubes de leitura, falariam de suas experiências ao realizar e interagir com pessoas e, sobretudo, com livros. Eram eles Alessandra Jarreta, Fernando Alves Cardoso e Larissa Alverne. Ainda não conhecia nenhum, mas já tinha ouvido falar de seus clubes.
Cada um fez uma breve apresentação, falando do conceito de seus clubes, de como começaram, tudo de maneira informal. Se mostravam amantes de literatura, não se diziam estudiosos acadêmicos, o que lhes conferia um patamar talvez mais humano, mais perceptível ao sentimento puro de se ler algo e de se querer falar sobre esse algo da maneira que se pode. 



Ao lado do trio, o mediador, o próprio Talles, circundava temas comuns e buscava interagir o público com a dinâmica do encontro. Havia muita gente, pessoas interessadas, que esticaram o tema a várias direções, sobre os clubes, sugerindo livros, comentando autores, celebrando a literatura. 
Só acho que a acústica local não ajudou, perdi ou confundi várias palavras (ou os convidados falaram baixo mesmo), e que deveria talvez ter havido mais destaque aos "livros que amamos", ditos corridinhos no final.
Contudo, uma excelente iniciativa, que a meu ver tem sua principal força ao proporciar contato com outras pessoas de alguma forma ligadas ao fazer literário, seja alguém da área, como se diz, ou mesmo um amante engajado. É desses contatos que nasce a certeza de que muita coisa boa está por vir. São o tempero especial de qualquer debate, aqueles minutinhos finais antes de ir embora, onde muitas vezes pode-se conhecer mais do que se pensou conhecer daquele que falava lá na frente. 
Levam-se muitas reflexões, aprendizados, que vão muito além dos nomes dos livros ou dos autores citados. 



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