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"O coração que se ganha é o que se dá em troca"Marcelino Freire



terça-feira, 20 de abril de 2010

Bienal do Livro 2010: minhas impressões (II- Emir Sader/Cordel)

Como dizia no fim da primeira postagem, na altura do quinto dia do evento, lá estava eu, em uma das mesinhas do café, à espera de um lanche. Enquanto esperava, notei que alguns receptivos começavam a dispor várias cadeiras em volta de um pequeno palanque que havia mais ou menos próximo à minha mesa. As pessoas das outras mesas começavam a voltar a atenção para lá, e mais cadeiras iam chegando. Imaginei que alguma programação estava para acontecer.

Então entra um senhor, de paletó, com um ar típico de alguém de fora da cidade. Ele se dirige ao pequeno palanque, sentando-se ao lado de uma mesinha, onde foi colocado logo depois alguns copos de água. Entendi que só poderia ser ele o escritor. Depois surgiram mais alguns figurões do evento, que tomaram posse de algumas cadeiras, aguardando o início da apresentação. O vice-governador, após um longo discurso, passou a palavra, enfim, ao convidado. Fotos abaixo:






Tratava-se de Emir Sader, que viera do Rio de Janeiro, como depois vi no guia do visitante da feira, que lançava seu livro mais recente: A Nova Toupeira: os caminhos da esquerda latino-americana. Não estava previsto assistir àquele lançamento, mas achei interessante a ideia de ouvir o autor falar um pouco a respeito, e lá permaneci, sem tirar meu celular, com o qual fiz boa parte destes registros, da mão.

Emir falou um pouco sobre o que tratava seu livro, além de comentar particularidades da política brasileira. O vídeo abaixo mostra suas palavras quase na íntegra (comecei a gravar um pouco depois de ele começar a falar). A qualidade do vídeo é de certa forma precária, pois infelizmente não dispunha de uma das super máquinas que os fotógrafos usavam para disparar flashes constantes, mas de qualquer maneira é um registro.



Ao final, Emir sentou-se e começou a dar autógrafos nos exemplares, que eram vendidos numa mesa retangular próxima à entrada do café. Não era exatamente o estilo de palestra que eu poderia me interessar, pois como descobri depois, Emir é sociólogo e cientista político, áreas que por enquanto vão bem longe de meus objetivos, mas gostei de presenciar este momento. Palavras bem dosadas, crítica, humor. Tudo isso permeiou seu breve discurso, que de muitas formas me deu por alguns instantes uma nova visão de diversos conceitos curiosos, e acredito que também fez bastante pelo público no local, que quase triplicou durante o lançamento.

Enfim, um momento que me veio de maneira inusitada, mas que me foi bastante interessante e ao mesmo tempo diferente.

Após, caminhei por mais alguns estandes da feira, que nesse dia já estava bem mais movimentada. É impressionante a diversidade de material que se pode achar em eventos como esse, e mesmo os estandes já conhecidos sempre me reservavam novas surpresas. Dei uma olhada no sempre concorrido estande do menor livro do mundo e ainda aproveitei para conhecer o espaço dedicado ao cordel. Aliás, a literatura de cordel é algo muito bacana, que sempre tem lugar e público garantido nas grandes feiras. Uma visão popular de temas bastante conhecidos. Preciso olhar com mais calma esse tipo de material quando possível ;)

Mais algumas fotos:









E para a próxima postagem, a palestra de Ziraldo!

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