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"O coração que se ganha é o que se dá em troca"Marcelino Freire



quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Doug Funnie, um clássico dos anos 90


Esse com certeza é um desenho animado que traz ótimas memórias a todos, que marcou a vida de muita gente, assim com a minha, nos saudosos anos 90! Sempre que penso em Doug, é inevitável relembrar os gloriosos dias da infância, onde tudo era simples, tudo era maravilhoso, e não havia qualquer preocupação; era apenas o ser criança.

A série nos apresenta o garoto de 11 anos Doug Funnie, que a cada episódio se vê diante das mais inusitadas situações e dilemas, tudo com uma grande carga imaginativa, e até exagerada, mas perfeitamente possível dentro do universo da série.

As questões que afligem Doug são, em geral, as mesmas que poderiam afligir um adolescente qualquer: aceitação dos amigos, comportamento, jeito de vestir-se, medos, entre tantos outros.

O grande destaque da série, na minha opinião, é a maneira como Doug encara os problemas, sempre viajando por loucas possibilidades (sua imaginação o faz assumir vários alter egos, como o super héroi Homem Codorna ou o agente secreto Smash Adams), até perceber que o problema em questão é mais simples do que parece. Com isso, Doug ainda transmite bons valores e lições ao público, em cima de tudo o que aprendeu com tais situações.

Um outro ponto interessante é o carisma dos personagens, a começar pelo próprio Doug, muito perceptivo e imaginativo, passando pelos seus pais, à sua temperamental irmã Judy e até o seu simpático cachorro Costelinha, que o acompanha em todas as suas aventuras, roubando a cena muitas vezes . Já na escola, um dos ambientes centrais da série, vemos personagens como Skeeter, o melhor amigo de Doug, Roger, o valentão da turma, que sempre dá um jeito de implicar com Doug, e Patti, garota pela qual Doug nutre uma paixão secreta. E há ainda muitos outros personagens marcantes, como o atrapalhado Sr. Dink, o severo e autoritário vice-diretor Lamar Bone, e o prefeito Robert White. Cada um deles tem uma personalidade que consegue cativar sem muita dificuldade, e tornar toda a turma bem próxima de quem se deixar assistir a alguns episódios. Outro detalhe peculiar é que cada personagem é de uma cor diferente! Como assim? Skeeter é azul, Roger é verde... só o próprio Doug tem uma pele mais "normal", digamos assim. Se isso incomoda? De maneira nenhuma, faz parte apenas da estética do desenho, e não deixa de ser bem incomum e diferente. E em pouco tempo já se está tão acostumado a isso, que sequer se nota mais.



Costumava assistir muito Doug quando tinha cerca de 9, 10 anos, quando passava na TV Cultura, no comecinho das noites. Que maravilha que era! Os episódios pareciam tão longos, tão mágicos, tão reais! (hoje vejo que têm uma média de 12 minutos) Era uma sensação única, naquele tempo, sentar-se em frente à TV para assistir Doug, uma sensação similar a ver outros sucessos daquele tempo, como O Fantástico Mundo de Bob e até mesmo Chaves. Séries que estimulam a imaginação, que nos fazem viajar, nos colocando em uma realidade similar, mas distorcida a uma compreensão mais simples e direta.

Esses dias tive uma grata surpresa ao ver novamente Doug passando na tela da TV Cultura! Nossa, foi como voltar vários anos no passado, regressar a um tempo onde não havia qualquer preocupação, senão saber como o episódio terminaria! Nos últimos dias, sempre que tenho tempo não deixo de rever as aventuras de Doug e sua turma, que tanto me cativaram na época da infância, e ainda têm grande significado para mim. Claro que a magia e deslumbre das histórias não têm mais o mesmo sabor daquele tempo, mas pelo menos constituem um bom choque com o que se vê de desenhos animados hoje em dia. É sem dúvida mais um exemplo de uma grande produção, muito mais interessante e chamativa do que as atuais. Não dá para comparar.



Quem lembra de Doug, e assistia também a série, sabe muito bem do que estou falando. Poucos desenhos têm esse poder fascinador, que consegue se identificar com os que o assistem. Que marcam um momento bom da vida, que servem como referência até. Enfim, que passamos a sentir que quase fazemos parte daquilo.

Ah, só pra comentar um pouco a técnica de animação, Doug faz uso da técnica clássica, 2D, desenhada tradicionalmente, e tem uma ótima suavidade nos movimentos e transições. Os cenários também são muito bem representados e a fotografia de alguns episódios surpreende bastante. Muitas mudanças acontecem nos traços dos personagens, porém, comparando os primeiros aos últimos episódios, mostrando como o traço da equipe evoluiu com o tempo. O desenho teve uma temporada pela Nickelodeon, depois pela Disney, e até um longa foi lançado, mas pra mim os melhores episódios estão na temporada da Nick!

Aos que não conhecem, provavelmente talvez não vejam muita graça. Hoje os tempos são outros, os gostos estãos muito dissipados, não há mais uma boa produção de desenhos animados, e poucas pessoas realmente se importam com isso.

Em todo caso, segue abaixo um episódio. A imagem não é das melhores, mas dá para relembrar:





Ah! Na TV Cultura, Doug é exibido de segunda a sexta, às 12:30 e 17:15.

Hum, eu falei de O Fantástico Mundo de Bob, não foi? Não seria bom se o SBT voltasse a passá-lo? Era outro de meus desenhos favoritos...

E vejam ainda nesta postagem outros desenhos clássicos dos anos 80/90.

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