Frases


"O coração que se ganha é o que se dá em troca"Marcelino Freire



sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Corus Chess agora é Tata Steel Chess


Xadrez! Um tema que adoro, e que não falo por aqui há tempos! Lembrei-me esses dias de que janeiro é mês do conceituado torneio de xadrez Corus Chess, e resolvi buscar alguma informação a respeito da edição 2011 (apesar de estar mais uma vez em falta com o xadrez!). O torneio já começou, e continua lá, na mesma cidadezinha, Wijk aan Zee, na Holanda, mas com uma singular diferença no nome, que agora é Tata Steel Chess. Isso mesmo, Tata Steel Chess. Tão severa mudança se deve à companhia indiana Tata Steel, que comprou o grupo Corus (uma negociação que estava em vista desde 2006, e teve até disputa com a Companhia Siderúrgica Nacional), e alterado algumas coisas, entre elas o nome do torneio (que até soa, à principio, pouca credibilidade). Mas tudo bem, isso não deve impedir o avanço dos peões, não é?



É claro que não! Pois, como disse, o evento teve início no dia 14, e irá até o dia 30. Não sei exatamente a quantas andam as partidas, mas a composição dos grupos de GMs é bem forte. Cito os do grupo A, como exemplo:


Participants of grandmaster group A
Name
Country
Rating
Position
GM
Magnus Carlsen
NOR
2814
1

GM
Viswanathan Anand
IND
2810
2

GM
Levon Aronian
ARM
2805
3

GM
Vladimir Kramnik
RUS
2784
4

GM
Alexander Grischuk
RUS
2773
7

GM
Hikaru Nakamura
USA
2751
10

GM
Ruslan Ponomariov
UKR
2744
11

GM
Ian Nepomniachtchi
RUS
2733
15

GM
Wang Hao
CHN
2731
17

GM
Alexei Shirov
SPA
2722
24

GM
Maxime Vachier-Lagrave
FRA
2715
31

GM
Anish Giri
NED
2686
52

GM
Jan Smeets
NED
2662
82

GM
Erwin l'Ami
NED
2628
138


Average rating
: 2740
Category
: 20
FIDE-ratings of January 2011

A maior surpresa até agora é a derrota do atual número 1 do ranking da FIDE, Magnus Carlsen, para Anish Giri, em apenas 22 lances (com um erro feio de Carlsen, mas, enfim, jogo é jogo).
Bom, quem quiser mais informações, pode ir ao site oficial do evento, onde também dá pra assistir às partidas em tempo real, além de vídeos e fotos dos principais fatos, no decorrer do torneio. Fãs e praticantes de xadrez, ótima oportunidade para aprender com os melhores! Eu já vou tirar aqui o tabuleiro do armário...

domingo, 16 de janeiro de 2011

Game: GoldenEye 007


Como o tempo passa rápido! Lá se vai quase um mês sem nenhuma nova postagem por aqui. Nosso dia-a-dia às vezes é tão corrido, que devo dizer que mal vi esse tempo passar. Os últimos dias, entre a postagem anterior e esta, passei ainda imerso no livro do pequeno príncipe (um livro maravilhoso, leiam!), e enfim conclui minha análise da obra, mas isso já é assunto para outras postagens. Enfim, vou retomar falando de um tema um pouco diferente das últimas postagens, mas que também é uma de minhas áreas de interesse e, claro, lazer: games.

Já fiz algumas postagens sobre o tema, mas esta é a primeira sobre um jogo em específico. Esta é uma postagem dedicada aos fãs de videogames, em especial os que viveram a época tão boa que foi o lançamento deste jogo, há quase 14 anos, e se surpreenderam com sua qualidade. Um de meus jogos favoritos: GoldenEye 007, lançado originalmente para o Nintendo 64, em 1997, que se tornou célebre, sendo conhecido hoje como clássico absoluto e um precursor no gênero. Foi baseado no filme 007 contra GoldenEye (1995) e ajudou consideravelmente na divulgação do filme (e vice-versa!). Quem jogou, sabe do que estou falando =)

Em novembro do ano passado, saiu uma nova versão desse jogo, para o atual videogame da Nintendo, o Wii. Comprei o jogo um pouco depois do lançamento, mas constatei o que já tinha quase certeza: GoldenEye para Wii não carrega a atmosfera mágica e cativante do título original, embora tenha lá seus bons momentos. O jogo foi desenvolvido pela Eurocom, uma empresa que já tinha feito alguns jogos com James Bond, mas que sem dúvida atingiu seu ápice nesta produção. Contudo, era mesmo muito difícil se conseguissem superar (ou mesmo igualar) a magia única trazida pela Rareware, empresa responsável pelo título no Nintendo 64.

Uma das mudanças mais drásticas entre os dois títulos é a troca de Pierce Brosnan por Daniel Craig, como James Bond, além de leves modificações no desenrolar da história, que continua seguindo a trama do filme. O modo multiplayer, famoso e cativante no original, por permitir memoráveis partidas de até 4 jogadores simultâneos, está de volta e dessa vez até com suporte online (embora um pouco decepcionante). Para finalizar, mostro a introdução do novo jogo, que é um dos destaques deste. A música tema, cantada no filme por Tina Turner, foi especialmente regravada por Nicole Scherzinger:

(Assista em 720P)




No GoldenEye 007 de 1997, não tínhamos uma abertura como essa (devido às limitações do sistema), mas ela bem que tinha lá seu charme:





Para os fãs do jogo, como eu, um último vídeo, que mostra algumas similaridades entre os dois jogos:





Enfim, o novo GoldenEye 007 é um bom jogo, mas não deve ser comparado ao clássico de 1997, que fez história e virou referência a quase todos os jogos de tiro posteriores. Infelizmente, a versão do Wii não traz nenhuma grande novidade, e apenas se firma nas bases de outro jogo de sucesso recente, a série Call of Duty, o que o faz um título agradável, mas não deslumbrante. Está sendo legal jogá-lo, e aposto que todos que jogaram o original irão gostar (depois de se acostumar à nova jogabilidade, claro), porém, mais uma vez, não esperem ver um GoldenEye como o de 1997. Sob certos pontos de vista, é praticamente outro jogo.

O fato é que foi feito muito alarde em cima do lançamento desta nova versão (com as inevitáveis comparações com a antiga), e, exatamente por isso, era de se desconfiar que o produto final poderia decepcionar um pouco (creio que a pressa para lançar logo o jogo acabou comprometendo alguns pontos). Mas o melhor de toda essa falação é ver também o jogo antigo de volta aos holofotes, e como nos lembramos dele ao passar por eventos e situações similares na versão do Wii.

No final das contas, GoldenEye 007 é um ótimo jogo de Wii, mas sempre é válido tirar a poeira do Nintendo 64, e relembrar aquele que ainda se mantém como um dos melhores jogos já criados. Eu ainda jogo sempre que posso :D

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Fábulas de Esopo - O Homem que Prometia o Impossível

Saudações! O blog andou um pouco parado nos últimos dias, por conta de algumas outras pendências prioritárias, entre elas a pesquisa que desenvolvo sobra a obra O Pequeno Príncipe, já em fase de conclusão.

Voltando a falar sobre as belas fábulas de Esopo, escolhi esta, bem interessante, para esta postagem:

O Homem que Prometia o Impossível



     Um homem jazia, doente e perto da morte. Era pobre. Como os médicos lhe tinham tirado qualquer esperança de cura, ele prometeu aos deuses o sacrifício de cem bois e lhes dedicar um monumento se se restabelecesse. Sua mulher, que estava a seu lado, perguntou-lhe:
     – E de onde tirarás o dinheiro?
     Ele lhe disse:
     – Você acha que vou me restabelecer para os deuses me cobrarem essas promessas?
     É fácil fazer promessas quando sabemos que não vamos cumpri-las.


Mais uma ótima fábula, brilhantemente narrada e que atua quase como um golpe certeiro contra valores que comumente não damos muita atenção. A promessa, como feita na história, soa quase como um desafio aos deuses, e, claro, visa apenas ao homem doente em primeiro lugar. Muitas vezes nos vemos em situações similares, quase sem perceber, não é mesmo?
Engraçado é que o homem da história já faz a promessa sem acreditar que os deuses o atenderão, o que constitui mesmo uma certa provocação. Se não vamos cumprir o que prometemos, nossa contraparte também não deve fazê-lo. Seria justo. No fundo, talvez as promessas tenham mesmo um quê de egocentrismo.

Reflitam!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Carros 2 – Trailer



No início do ano, falei aqui sobre a continuação do filme Carros, de 2006, da Pixar (vejam aqui). De lá para cá, tivemos o espetacular Toy Story 3 no meio do ano – um filme realmente único – mas não tinham sido divulgadas até então mais novidades sobre a sequência das aventuras de Lighting McQueen. Claro que a produção já devia estar em ritmo aceleradíssimo.
Esses dias vi uma chamadinha rápida do filme, na TV, e imaginei que o trailer já devia estar disponível na internet. Mais uma vez, nada como ter o YouTube à mão. :D

Segue o trailer oficial de mais esta super produção da Pixar (recomendo assistirem em HD!):




Pelo que se vê, Carros 2 está visualmente impecável, como todas as produções da Pixar – mas, claro, com um bom enredo conduzindo o filme (a receita do sucesso deles!). O primeiro filme é ótimo, belíssimo, no melhor estilo Pixar, cativando-nos em pouco tempo, mas algumas pessoas não gostaram muito, talvez por ele ter um ritmo um pouco lento em alguns pontos, justificados pela maneira diferente de como a história era contada, mas agora vemos que a nova trama parece ter ganhado mais dinamismo, além de bem mais ação, e cheguei a lembrar até de Os Incríveis, outro grande sucesso da Pixar, em meio a algumas das cenas.

E eles estão gostando mesmo de fazer continuações! Recentemente tivemos Toy Story 3, agora Carros 2, e há pouco tempo foi oficializado que Monstros S.A. 2 (Sequência de Monstros S.A., de 2001, na minha opinião um dos melhores filmes da Pixar) está em produção! Espero que nesse ritmo, um dia tenhamos também a família Perâ de volta, com um Os Incríveis 2 :)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Dica de leitura: O Pequeno Príncipe



Essa postagem já estava prevista há quase 3 meses, quando comecei a ler o livro. Mediante as postagens sobre a II Semana da Animação, que virão logo mais por aqui, resolvi enfim concluir mais esta Dica de Leitura. Fotos de algumas das ilustrações do livro – as fantásticas aquarelas do próprio autor, Saint-Exupéry – embelezam esta postagem. São belas imagens, simples e puras, como a essência do livro.

Ultimamente, após a leitura do ótimo O Ladrão e os Cães, do qual já falei bastante (veja aqui), eu tinha decidido dar um tempo de romances e me dedicar mais a contos, de grandes autores que admiro, como Fernando Sabino e Rubem Braga, e de fato assim segui minhas leituras nos dias posteriores.

Até que em certo momento me lembrei do livro do pequeno príncipe, que ainda não lera, mas que sempre tinha ouvido falar. Como temos o livro aqui (é do Diego, meu irmão), passei pela estante e peguei para dar uma olhadela. O livro parecia bastante simples, agradável, e não muito longo. Decidi que era a hora de enfim ler este clássico, e fiz do livro meu companheiro nos próximos meses (li uma vez, e agora estou fazendo uma análise de trechos e citações da obra), colocando Sabino e Braga momentaneamente de volta à estante.



Posso dizer, sem qualquer dúvida, que ler O Pequeno Príncipe agora (um pouco tardiamente talvez) foi uma das melhores coisas que fiz nos últimos tempos. O livro me despertou para tanta coisa, para tantas novas percepções, que não consigo entender como pude ficar tanto tempo sem lê-lo. Mas o que ele tem de tão extraordinário? Era também a pergunta que eu me fazia antes de mergulhar a fundo em suas páginas.




Assim como Alice no País das Maravilhas, O Pequeno Príncipe pode até ser tachado como um livro bobo, ou puramente infantil, mas novamente como a obra máxima de Lewis Caroll, bastam alguns minutos de leitura para nos sentirmos parte da história, para nos deixarmos levar a uma outra realidade, uma realidade perfeitamente compatível a qualquer idade.




Para mim, um dos maiores trunfos de O Pequeno Príncipe é o fato de se tratar uma história bastante simples, mas com desdobramentos extremamente complexos, que nos levam a algumas das maiores profundidades do cárater e pensamento humano, sem muito esforço. O livro, de autoria do piloto e escritor frânces Antoine de Saint-Exupéry, é o livro frânces de maior repercussão no mundo, tendo sido traduzido para mais de uma centena de idiomas, mas esse não é bem o ponto que quero comentar aqui.




Com uma narrativa leve, livre e extremamente agradável, recheada de metáforas filosóficas, a história se desenrola a partir do narrador, também personagem, um piloto de avião – que parece se tratar de um alterego do próprio Exupéry – falando um pouco sobre sua vida, até um acidente que o fez cair em um deserto, onde encontrou o enigmático principezinho.



Acredito que o personagem que dá título ao livro é um dos mais fascinantes já criados pela literatura! A mistura de sentimentos, emoções, dúvidas, inseguranças – tudo que ele sente – é transmitido com uma veracidade tamanha que nos sentimos quase no lugar do piloto, ao lado do principezinho, fascinado com seu comportamento, tentando entendê-lo. Um personagem misterioso, mas também bastante frágil, que age com a inocência de uma criança, e nos faz perceber como é sábio e verdadeiro esse olhar. Sua preocupação com sua flor, um outro personagem de suma importância, é comovente, além de também ter possivelmente uma forte conotação autobiográfica.




Sem qualquer dúvida esse é o ponto mais alto da obra: nos levar, ainda que por alguns instantes, de volta à infância. Temos a clara consciência de que a vida é bem mais simples do que a tornamos. Que o cotidiano, a rotina, distorcem nossos pensamentos, nos fazem esquecer dos pequenos detalhes, os que realmente fazem a diferença para uma vida mais feliz.



Não poderia deixar de citar também, na íntegra, a apresentação da obra, feita pela autora Amélia Lacombe, e publicado nas costas do livro:

     Livro de Criança? Com certeza.
     Livro de adulto também, pois todo homem traz dentro de si o menino que foi.
     Como explicar a adoção deste livro por povos tão variados, em tantos países de todos os continentes? Como explicar a atualidade deste livro traduzido em oitenta línguas diferentes?
     Como compreender que uma história aparentemente tão ingênua seja comovente para tantas pessoas? 
     O Pequeno Príncipe devolve a cada um o mistério da infância. De repente retornam os sonhos. Reaparece a lembrança de questionamentos, desvelam-se incoerências acomodadas, quase já imperceptíveis na pressa do dia-a-dia. Voltam ao coração escondidas recordações. O reencontro, o homem-menino.


Não há mais muito o que dizer depois destas palavras. Então fica a dica, desta leitura tão maravilhosa que é O Pequeno Príncipe. Todos deveriam ler este livro! Ah,  não posso deixar de falar um pouco sobre Saint-Exupéry, que venho pesquisando ultimamente, e seu enigmático acidente:



Antoine de Saint Exupéry, autor do livro, infelizmente não veria a glória e êxito de sua obra, pois pouco depois de sua publicação, em 1943, ele sofreu um acidente aéreo bastante misterioso, em uma missão de reconhecimento, durante a II Guerra Mundial. Este acidente é talvez o maior enigma da aviação e literário do século XX, dadas as circunstâncias e repercussão na época e até hoje. De início, não se sabia se ele tinha mesmo falecido, apenas desaparecido.

Quase 60 anos depois, no mar mediterrâneo, próximo a Marseille, foi encontrado um bracelete de Saint-Exupéry, possivelmente de sua roupa de piloto. Muitas especulações vieram em cima destes fatos, e também sobre os locais onde se acharam os destroços do avião. Recentemente, em 2008, surgiu mais uma:  um piloto alemão revelou que tinha sido o responsável pela queda do avião de Exupéry. Horst Rippert, aos 85 anos, contou que estava em missão, sobrevoando o mar mediterrâneo, quando viu um P-38 com um emblema da França se aproximando, e disparou contra ele, que caiu  em direção ao mar. Rippert acredita que tenha derrubado Saint-Exúpery, mas que jamais o teria feito se soubesse que era ele, uma que vez o tinha como um de seus autores favoritos, e o lia desde sua juventude. Que história hein? sem dúvida ela é bastante imprecisa, e já foi contestada por autoridades alemãs e francesas.

O fato é que a morte de Exupéry ainda está envolta em muita névoa. Há aqueles que acreditam que ele possa também ter se suicidado, devido a algumas cartas que teria deixado antes do desastre, e também o relacionamento infeliz que mantinha com Consuelo, a sua "flor", por quem era apaixonado, e casado há muitos anos. As seguintes frases, retiradas de O Pequeno Príncipe, fazem jus a essa hipótese, além de reforçar o caráter auto-biográfico da obra:

"O essencial é invisível aos olhos"
" – Tu sofrerás. Eu parecerei morto e isso não é verdade."
" – Só se vê bem com o coração".

Enfim, independente de como tenha ocorrido, o que realmente importa é que Saint-Exupéry nunca esteve tão presente no mundo, através das páginas de seus livros, em especial O Pequeno Príncipe, que a cada dia ganha novos e novos admiradores e estudiosos. Diversas homenagens são sempre feitas ao autor e obra, como museus, exposições e também na área da astronomia, com um asteróide descoberto em 1975, que leva o nome do escritor,  e um outro, descoberto em 1993, que recebeu o nome 46610 Bésixdouze, que em frânces significa "B seis doze", o asteróide habitado pelo principezinho. O número 46610, convertido para a forma hexadecimal, dá exatamente B612.

Como falei antes, acho que todos deveriam ler este livro, por tudo o que ele representa. É um favor que se faz a si mesmo. Já leu? leia novamente! Um livro dessa magnitude deve estar sempre à mão. Atualmente estou relendo, fazendo uma análise minuciosa em cima das metáforas, citações e símbolos lá presentes, e mesmo já conhecendo a história, não deixo de me surpreender a todo instante. Em breve, postarei alguns trechos desta minha pesquisa aqui no Diálogos Visuais.

Bom, vão às livrarias, baixem na internet ou tirem da estante. O importante é ler! E não se esqueçam de desenhar um carneiro que cative o principezinho :D.  


Veja também alguns comentários sobre o filme "O Pequeno Príncipe", aqui.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Vinheta para Mostra SESC Cariri de Cultura 2010

Mal chegamos ao fim da II Semana da Animação, e um novo evento já está em foco! É a Mostra SESC Cariri de Cultura 2010, que ocorre de 12 a 17 de novembro em Juazeiro do Norte e Crato, Ceará. O evento terá debates, exibições de filmes e palestras, entre outras atividades.

Mas o ponto principal desta postagem é falar sobre a vinheta do Núcleo Audiovisual do evento, assinada esse ano por meu irmão, Diego Akel:



Diego segue se superando! Combinando cores fortes – como nunca se viu em nenhum de seus trabalhos anteriores – a seu já conhecido ritmo dinâmico, ele criou uma composição bem interessante, intensa, marcante, que visa dialogar com o espectador, chamar atenção, favorecer debates,  e que vai talvez até além do que esperar do evento. :D

Agora um breve desabafo, se me dão licença:

Ano passado estive na Mostra (fui por conta própria), mas juntamente com Diego, a equipe do NUCA (Telmo Carvalho e Mariana Medina), o animador Fernando Santos e a produtora Carolinne Vieira, todos convidados para o evento. Foram dias excelentes, os da Maratona Animada. Quem não viu, os detalhes estão nesta postagem.

Este ano, até poucos meses atrás, já estava quase certo que eu iria oficialmente, como fotógrafo e responsável por textos sobre as atividades do evento. Porém, há poucos dias soube que foram feitos vários cortes, por parte da produção do SESC Cariri, e o cargo que eu viria a executar se foi, antes mesmo de se tornar realidade! Diego, Telmo Carvalho e Carolinne Vieira foram mantidos (para debates e bate-papos sobre os conteúdos mostrados), mas os cortes foram tantos (cortaram até as oficinas de animação dadas às crianças do próprio SESC!) que eles ficarão bem menos dias lá do que ficaram ano passado. Lamentável... por isso digo que a vinheta, feita com grande esmero por Diego, não está à altura do evento, em sua estrutura atual (o segmento animação, do núcleo audiovisual).

Infelizmente, dessa vez, creio que não poderei ir novamente por conta própria. Mas, caso acontecesse, talvez não fosse tão edificante, uma vez que provavelmente acabaria fazendo as fotos, por amizade ao pessoal, e possivelmente terminaria não creditado, como aconteceu no ano passado. Algo bastante desagradável, diga-se de passagem...

Enfim, Diego irá, e espero que tudo corra tranquilamente, com o sucesso de sua vinheta, a brilhar na Mostra SESC Cariri de Cultura, que já conheceu dias bem melhores.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Fábulas de Esopo - A Raposa e o Espantalho


Mais uma fábula atribuída ao grande Esopo, extraída da ótima edição da L&PM:

     Uma raposa entrou na casa de um ator. Ficou remexendo em seus pertences e encontrou uma cabeça de espantalho muito bem feita. Tomou-a entre as patas e exclamou:
     – Que bela cabeça, mas é oca.
     O mesmo se pode dizer das pessoas belas mas sem inteligência.


Adoro essa história; a maneira como os fatos se combinam, com grande agilidade, para transmitir a moral, é simplesmente fantástica! E o que dizer da moral? Aquela velha questão de que a verdadeira beleza não é externa, e sim a interna. De que adianta ser o mais belo, o mais rico, o mais tudo, sem  um conteúdo verdadeiro? É impressionante como esse conceito já existia no tempo de Esopo, e permanece em grande evidência até hoje, onde acredito que está mais forte do que nunca!

A figura da raposa é usada aqui mais uma vez como símbolo da esperteza e astúcia, não se deixando enganar pela superficialidade que aparenta grandeza, e assim nos transmitindo mais essa moral tão discutida.

Reflitam!